quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
quarta-feira, 14 de julho de 2010
A ler: O castelo nos Pirineus - Jostein Gaarder
No romance, por cinco anos intensos na década de 1970 Steinn e Solrunn foram felizes juntos. Então tomaram rumos diversos, por razões desconhecidas a ambos. No verão de 2007, depois de 30 anos distantes, eles se encontram por acaso no terraço de um velho hotel de madeira às margens de um fiorde no oeste da Noruega, um lugar intimamente relacionado à separação no passado. Mas terá sido esse encontro, em lugar tão significativo, um mero acaso?
Buscando respostas a essa pergunta, e para entender como um relacionamento que prometia ser duradouro pôde acabar subitamente, o ex-casal começa uma frenética troca de e-mails. Na linguagem dessas missivas apressadas que inundam nossa vida cotidiana, os dois esboçam visões de mundo antagônicas e explicações contraditórias para o fim do romance.
De um lado, o climatologista Steinn apenas crê no que pode ser provado pela ciência e pela razão. De outro, Solrunn, uma mulher religiosa, acredita na transcendência, em um espírito além do corpo e de nossa existência terrena. Disso resulta que as experiências compartilhadas pelos dois no hotel no litoral (a de trinta antes e a do verão corrente) serão entendidas de modo muito distinto por cada um. Apesar de se respeitarem, eles não podem concordar com a concepção do outro - até que suas certezas sejam postas à prova.
terça-feira, 13 de julho de 2010
A ler: A arte de ser feliz - Arthur Schopenhauer
Fuja de tudo com potencial de provocar sofrimento. Deixe de ser pretensioso nos seus planos e sonhos. Evite a cobiça e a inveja. Cultive a saúde, o conforto e o bem-estar. Não se preocupe demais com o passado nem com o futuro. Tudo se transforma. Não deixe transparecer ódio nem raiva, expressões pouco inteligentes. Observe quem está em situação pior que a sua.
Esses conselhos fazem parte da fórmula da felicidade na visão de um filósofo do pessimismo. O livro "A Arte de Ser Feliz" reúne o material que Arthur Schopenhauer (1788-1860) escreveu sobre o desejo máximo da humanidade. Esses escritos só vieram a público após a morte do pensador, amado pelos artistas como o compositor alemão Richard Wagner, para quem Schopenhauer era "o maior filósofo desde Kant.
O livro traz 50 máximas. Antes de apresentá-las, a obra traz uma introdução sobre o pequeno manual de pérolas de sabedoria. Aqui descobrimos por que na Alemanha não havia, na época, interesse em publicá-lo. Havia a avaliação de que ninguém iria querer aprender felicidade com um professor de pessimismo.
Aos sete anos, Schopenhauer perdeu o pai. A mãe, romancista, o criou em salões frequentados por escritores e intelectuais. Para ele, a arte tem a suprema função de ajudar a entender o mundo e nosso papel nele. Na sua visão, o verdadeiro artista é desinteressado em seu trabalho, ou seja, não tenta criar um fruto tão tentador que nos dê vontade de comê-lo, mas simplesmente apresenta a beleza pura do objeto.
Em "A Arte de Ser Feliz", Schopenhauer revela que "viver feliz" é uma impossibilidade. Desde a hora do nosso nascimento, estamos morrendo. Para ele, buscar a felicidade seria, no máximo, reduzir o número de ocorrências da dor em nossa existência, driblar situações desgastantes, impedir que nossa vaidade, orgulho, arrogância e prepotência nos empurre para embates inúteis, que nos distanciam da serenidade de espírito.
"A felicidade completa e positiva é impossível; em vez dela, pode-se esperar apenas um estado relativamente menos doloroso. A compreensão disso, porém, pode contribuir em muito para nos fazer desfrutar o bem-estar que a vida concede. Além disso, é muito raro que os próprios meios úteis a tal objetivo estejam em nosso poder."
Para Schopenhauer, a saúde pode substituir tudo, mas nada pode substituí-la. "Sem ela [saúde] não se pode experimentar nenhuma felicidade externa, que, portanto, não existe para quem a possui mas está doente. Com saúde, tudo é uma fonte de prazer. Por isso, um mendigo saudável é mais feliz do que um rei doente."
A ler: O andar do Bêbado - Como o acaso determina nossas vidas - Leonard Mlodinow
Sinopse
"O Andar do Bêbado", do físico americano Leonard Mlodinow, explica por que as pessoas apresentam tanta dificuldade em aceitar o acaso e compreendê-lo. Segundo Mlodinow, os processos aleatórios são fundamentais na natureza e onipresentes em nossa vida cotidiana. Ainda assim, a maioria das pessoas não os compreende nem pensa muito a seu respeito. Como não estamos preparados para lidar com o acaso, muitas vezes tomamos decisões erradas por ignorá-lo, apoiados na ilusão de controle.
Num tom irreverente, o autor costura casos emblemáticos a teorias matemáticas, citando pesquisas e exemplos presentes em todos os âmbitos da vida, do mercado financeiro aos esportes, de Hollywood à medicina.
Mais do que uma visão geral sobre aleatoriedade, sorte e probabilidade, Mlodinow lembra que muitas coisas em nossas vidas são tão previsíveis quanto o próximo passo de um bêbado depois de uma noitada. É impossível manter o mesmo olhar diante dos acontecimentos depois de ler essas teorias.
Comentários"Perturbador e interessantíssimo. O autor pulveriza matematicamente certezas sobre julgamentos de mérito em todas as atividades humanas."
William Bonner
"Um guia maravilhoso e acessível sobre como o aleatório afeta nossas vidas."
Stephen Hawking
"Deliciosamente interessante."
Scientific American
"Uma leitura espirituosa, adequada para qualquer praia ou avião. Mlodinow tem uma íntima percepção da aleatoriedade."
Austin Chronicle
"Se você é forte o suficiente para ter algumas de suas certezas favoritas desafiadas, leia 'O Andar do Bêbado' - uma história, uma explicação e uma exaltação da teoria da probabilidade."
Daniel Okrent, Fortune Magazine
"Mlodinow escreve num estilo leve, intercalando desafios probabilísticos com perfis de cientistas. O resultado é um curso intensivo, de leitura agradável, sobre aleatoriedade e estatística."
George Johnson, New York Times
"Um dos 10 melhores livros de ciência de 2008."
Amazon.com
Lido: Múltipla Escolha - Lya Luft

Sinopse
A trajetória literária de 30 anos permite que Lya Luft volte à cena num ensaio que reflete sobre os caminhos do nosso tempo. Caminhos e direções que, em sua multiplicidade, indicam não apenas paisagens distintas, mas, sobretudo, escolhas.
Em "Múltipla Escolha", Lya indaga, debate e transgride com o fervor de alguém que refuta a mediocridade e escolhe a vida. Como se sobre um palco, cercada de portas simbólicas, o complexo mundo contemporâneo à frente, a autora convoca sua "tribo" para o necessário ritual de pensar. Em foco, questões fundamentais, como a velhice e a juventude, os novos dilemas e tabus da sexualidade, a comunicação virtual, as fronteiras entre o privado e o público, drogas, violência, bondade e perversidade, o mal-estar social: elementos-chave da nossa rotina diária.
Fala sobre esses "mitos modernos" que criamos para se tornarem senhores de nossa vontade e sobre os quais pondera num diálogo aberto com o leitor. "Gosto desse jeito mais direto de falar com meu leitor sobre, no fundo, partes do drama existencial humano, e algumas loucuras da nossa sociedade, nossa cultura. Sobre nadar contra a correnteza para não naufragar no espírito de manada destes nossos tempos. Enfim, esse tipo de ensaio, no sentido mais original da palavra, 'ensaiar - discorrer sobre algum tema', é mais um modo de me expressar. Simples assim", argumenta Lya.
Lya também rebate a suposta liberdade que alcançamos. Longe de uma sociedade livre, somos, nessa nossa cultura impositiva tão cheia de obrigações, prisioneiros padecendo do que a autora chama de síndrome do "ter de". "O 'ter de' é um feitor de escravos muito cruel. Ter de ser magra, linda, inteligente, forte, rico, blablablabla. A mim, sempre fora do esquadro, me impressiona a crueldade do 'ter de ser' físico. Acho que nos valorizamos muito pouco enquanto seres humanos pensantes".
Da busca pela eterna juventude à ética na política, passando pelas transformações da família, Lya Luft mostra o quanto estamos enredados em práticas opressoras e que é importante assumir as rédeas de nossa vida e o caminho da nossa sociedade e cultura.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Pensar é transgredir
Ou na hora da droga, do sexo sem afeto, do desafeto, da lamúria, da hesitacão. Sem ter programado, a gente pára para pensar. É como espiar para um corredor com mil possibilidades. Cada porta uma escolha.
Muitas vão se abrir para um nada, outras para um jardim de promessas. Hora de tirar os disfarces, aposentar as máscaras e reavaliar, reavaliar-se.
Pensar pede audácia, pois refletir é transgredir a ordem do superficial que nos esmaga.¨
Do livro que estou lendo: Pensar é Transgredir, da autora Lya Luft.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Livro
- Crepúsculo (já li)
- Lua Nova (lendo)
- 7 Hábitos de Pessoas Altamente Eficazes (estava para ler faz tempo já, mas tinha tanta cara de auto-ajuda que fiquei meio receosa...Mas um amigo meu leu e disse que gostou.Parece bom)
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Quero ler - Lição Final
Uma história real foi parar no YouTube e trouxe a discussão: quando não temos mais a idéia de eternidade pela frente, outra certeza ganha espaço. E ela diz que é preciso acolher a vida com suavidade mais vezes por dia. Texto • Kátia Stringueto Muita gente viu pela TV, outras pessoas pelo vídeo no YouTube. E milhares compraram o livro. Todas queriam conhecer a história do professor Randy Pausch – um americano de classe média que veio a público para contar que, aos 47 anos, sua vida estava sendo levada pelo câncer. E fez isso para uma platéia de 400 pessoas, entre alunos, colegas de profissão e a esposa, Jai. Depois de algum tempo combatendo um tumor no pâncreas descoberto em 2006, em agosto do ano passado, o professor fez novos exames de controle e constatou mais dez tumores, dessa vez mais agressivos e impossíveis de tratar.
“Meu médico falou em três a seis meses de boa vida pela frente e isso já faz um mês”, disse Pausch em sua palestra de despedida na Universidade Carnegie Mellon. “Talvez muitos esperassem uma palestra sobre a morte. Mas não: quero tratar aqui é da vida”, confirmou Pausch, com o sorriso simpático e o corpo aparentando boa forma. O impacto da notícia, o público e a mistura entre o sentimento de heroísmo e empatia que Pausch demonstrou ao expor o problema fizeram a “aula” chegar ao YouTube em instantes e, em poucos dias, a popularidade do professor tomou vulto dentro e fora do país.
A Lição Final, título da palestra que virou livro (ed. Agir), é o resultado de praticamente um mês de dedicação de Pausch transcrevendo a própria vida como uma forma de cuidar do sofrimento e perpetuar um legado para os filhos, ainda muito pequenos (de 6, 3 e 1 ano e meio). Pausch recebeu a ajuda do jornalista Jeff Zaslow, cuja coluna e vídeo no Wall Street Journal colaboraram para a divulgação da palestra. “Tentei me colocar numa garrafa que um dia aportasse à praia para meus filhos”, diz a certa altura, imaginando o momento em que as crianças terão idade para compreender o que se passou. A lição de Pausch despertou o interesse de 30 milhões de internautas. E seu livro figura em primeiro lugar na Amazon.com. O que todas essas pessoas buscam? Conectar-se com a vida. Pode-se arriscar que o motivo para mergulhar nas páginas desse relato é encontrar pistas para várias perguntas que assolam o espírito humano: o que será mais urgente dizer e fazer quando o tempo não é mais uma eternidade? O que vai nos dar a sensação de que não foi tudo em vão? Como tornar a despedida menos injusta? Poderia ser também uma curiosidade intrínseca do homem, como descreve o filósofo espanhol Fernando Savater: “Ignoramos o que é morrer visto de dentro”.
Para o professor de filosofia Jean Bartoli, de São Paulo, a história mexe com cada um de nós por outra razão mais simples. “Você sabe que é mortal. Mas você acredita que é mortal? O livro toca nesse ponto”, provoca. “Acredito que uma parte das pessoas vai ler e ficar indiferente ao tema, outra vai ficar irritada, achar bobo. E uma parcela vai se colocar no lugar do autor e assim poderá de alguma forma mudar o olhar sobre a vida. Por um momento, livros como esse abrem as cortinas para a realidade. Mas só quem está numa busca pessoal e reflexiva não deixará esse sinal virar só fogo de palha”, diz.
Fonte: Bons Fluidos